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terça-feira, 30 de junho de 2015

Criatividade, Intuição e Racionalidade na Criação Científica


A ciência criativa

Físico-filósofo francês aborda discussão sobre o papel da criatividade e da intuição, orientadas pela racionalidade, na produção científica. Para ele, entender o processo da descoberta pode ser o maior desafio da filosofia da ciência.
Por: Marcelo Garcia, Ciência Hoje On-line
Publicado em 11/12/2013 | Atualizado em 11/12/2013

A ciência criativa
Como se dá a descoberta científica? Para o filósofo Michel Paty, invenção e intuição, guiadas pela racionalidade, fazem parte desse processo. (Montagem: Marcelo Garcia; originais: Flickr/ El coleccionista de instantes/ woodleywonderworks – CC BY 2.0)
Como surge a descoberta científica? Qual a sua origem? E qual o papel da criatividade nesse processo, no próprio avanço da ciência? Tais indagações, que inquietam e instigam a filosofia da ciência, certamente não têm respostas fáceis ou definitivas, mas podem ajudar a expandir nosso entendimento sobre o próprio fazer científico e sobre a trajetória da ciência nos últimos séculos. Para o físico, filósofo e historiador da ciência francês Michel Paty, diretor de pesquisa emérito do Centro Nacional para a Pesquisa Científica (CNRS, do francês), há na ciência lugar para a invenção e a intuição, orientadas pela racionalidade.
Em palestra no Colégio Brasileiro de Altos Estudos da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), o francês abordou, em um português simpático e cheio de sotaque, as mudanças no entendimento filosófico sobre a ciência nos últimos 200 anos. Ele recordou as inovações da ciência que ainda no século 19 afrouxaram o laço entre matemática e natureza, mostrando a distância entre experiência e abstração teórica.
Naquela época, criações como a geometria não euclidiana, que não corresponde à ‘evidência’, e teorias físicas matematizadas e abstratas em eletricidade e magnetismo teriam tornado mais claro o papel dainvenção na construção da ciência, segundo Paty. “Apesar disso, na segunda metade do século 20, a concepção da ciência continuava a se basear, de maneira dominante, nas ideias herdadas do empirismo lógico, e a filosofia não estudava, em geral, o processo de descoberta, que ainda parecia dominado pela subjetividade e alheio à racionalidade”, afirmou.
Paty: A criatividade é parte fundamental do processo de elaboração dos conhecimentos científicos e deve ser levada em conta tanto pelafilosofia quanto pela história daciência
Apesar dessa predominância, o francês destacou que a aproximação entre criatividade e processo científico foi estudada por grandes cientistas e filósofos do século 20 – em especial dois deles, Henri Poincaré e Albert Einstein, cujos trabalhos estudou ao longo dacarreira. “Ambos concebiam a descoberta de novidades relacionadas ao conhecimento objetivo como fruto da capacidade de invenção da mente, baseada numa intuição racional que escapa às formas usuais do raciocínio, como a dedução lógica”, disse. “Dessa forma, mesmo que nem sempre seja possível observar as linhas de raciocínio, chega-se a um resultado racional”, analisou.
Nesse contexto, a invenção teria seu lugar assegurado na ciência. Fundamental, a criatividade seria, sim, pessoal (relacionada ao pensamento de sujeitos individuais), mas orientada pela racionalidade – que, por sua vez, não se identifica com a pura e simples lógica. Segundo Paty, essa criatividade seria parte fundamental do processo de elaboração dos conhecimentos científicos e deve ser levada em conta tanto pela filosofia quanto pela história da ciência.
Confira uma entrevista concedida à CH On-line pelo físico e filósofo francês:

Michel PatyCH On-line: O senhor é físico e filósofo, duas áreas que buscam compreender o mundo. Há uma relação natural entre elas?
Paty:
 Esses dois campos sempre foram próximos. Desde a Antiguidade, muitos físicos, muitos cientistas também eram filósofos, se debruçavam sobre as questões do mundo pelas duas vias. Foi só a partir do século 18 que essa separação começou a aparecer de maneira nítida, aliás, proposital, para assegurar a autonomia da ciência e da filosofia. Mas ela não é total. Se tomarmos o exemplo da cosmologia contemporânea, é impossível negar as questões filosóficas que a área suscita. A constituição da matéria, a presença da vida no universo, o surgimento de uma inteligência como a nossa nesse universo tão grande, a dúvidasobre estarmos sozinhos nele... São questões naturais, que se originam da nossa própria capacidade de indagação, tão própria daciência.
Houve uma época em que me dediquei totalmente à física, especialmente ao estudo dos neutrinos, que hoje são famosos, mas naqueles tempos eram novidade. E é lógico que eu me colocava questões de natureza filosófica, que o conhecimento objetivo não me permitia responder. Essa aproximação mais clara entre filosofia e ciência acontece intensamente nas áreas de fronteira, mas tais questionamentos podem surgir em qualquer campo de investigação – e mesmo da atividade humana em geral.

E como se dá, no seu entendimento, a conciliação da criatividade e da intuição com a ciência? Ela é realmente possível?

Sem dúvida é possível e necessário conciliar criação científica, racionalidade e objetividade. Um conceito científico considerado numa teoria não é isolado, mas solidário a outros conceitos, forma com eles um conjunto cujas relações são mais ricas do que puramente lógicas. A mudança científica se dá pela transformação do conjunto dos conceitos que fazem parte desse sistema.
O conhecimento avança graças a ampliações daprópria racionalidade, muito mais do que pela pura lógica
A história da ciência deixa ver que tais movimentos não são casuais e têm consistência interna, têm uma razão – justificada posteriormente – ligada à exigência de objetividade. São movidos pela racionalidade e, ao mesmo tempo, têm um lado importante de subjetividade. Cadaagente humano envolvido tem reações únicas na formulação e resolução dos problemas, o que resulta numa diversidade de 'estilos científicos'.
O conhecimento, então, avança graças a ampliações da própria racionalidade, muito mais do que pela pura lógica, pois elas permitem possibilidades inéditas de relacionar os elementos conceituais considerados. É como se mudássemos as regras do jogo: passamos a enxergar de forma racional o que antes era impensável, hipotético ou pertencia de forma vaga ao campo de ideologias. As mudanças no entendimento do mundo e na própria ciência despertam a intuição racional, que pode ser concebida como uma visão sintética intelectual dos cientistas daquela época para outras possibilidades, que levam a novas descobertas. 

Essa valorização da criatividade significa um reforço da figura do gênio, excêntrico, especial, inigualável, tão presente na opinião comum? Na verdade, não. Esse estereótipo do gênio é fruto de uma visão superficial da ciência. Claro, nem todos, mesmo os mais famosos e bem-sucedidos cientistas, eram criativos como Einstein e Poincaré. As descobertas estão ligadas também a outros fatores, como o pioneirismo num campo ou a momentos sociais bem aproveitados pelo pesquisador. Precisamos tomar cuidado para não cair em certo ‘relativismo’ e ‘reducionismo’ sociológico a respeito do pensamento científico, mas também é inegável a importância de fatores culturais e sociais de cada época. A ciência do século 21 não teria o aspecto que tem não fosse a sua organização social específica. A pesquisa está inserida na história e na história social, não faz sentido separar homem e sociedade.
Henri Poincaré e Albert Einstein
Em seu tempo, Henri Poincaré e Albert Einstein não só disputaram a paternidadeda Teoria da Relatividade, como também se dedicaram a pensar sobre o papelda intuição e da criatividade na ciência e no processo de descoberta. (fotos: Wikimedia Commons)

Em seu trabalho, o senhor já explorou muito as ideias de Einstein e Poincaré a respeito da criatividade, do estilo científico e do papel da invenção na ciência. Fazendo um paralelo com os dias atuais, qual o papel da criatividade e da invenção na ciência contemporânea? 
A grande dificuldade para responder a essa pergunta está na forma que a pesquisa científica tomou a partir da segunda metade do século 20. No tipo de ciência que temos hoje em domínios importantes, a big science, o trabalho é muito coletivo e as experiências são de alta tecnologia, tanto na física, na química e na astrofísica quanto na biologia e na neurociência. Há uma enorme mobilização de pesquisadores, instituições, equipamentos e recursos. Parece ser mais difícil perceber aqui uma originalidade de contribuição dos pesquisadores tomados individualmente.
Porém, se olharmos os conhecimentos produzidos por esse tipo de pesquisa, eles não deixam de ter a mesma natureza de quando o trabalho científico era mais individual: são exprimidos como formas simbólicas organizadas racionalmente, como conceitos e teorias, que são inteligíveis não para um coletivo, mas para sujeitos individuais. Ou seja, somos levados a pensar que a produção de ideias também continua a ser individual. Não é o meio coletivo e sua tecnologia que as gera, mas o trabalho mental individual dos participantes. E isso acontece de forma variada, com mais ou menos originalidade e criatividade, e certamente com um ritmo mais intenso de trocas de ideias entre os pesquisadores, de assimilações e de transformações.

Mas há, sem dúvida, um impacto do trabalho coletivo. 
Sim, e há eventualmente um reverso da medalha, que seria a eliminação de ideias menos atraentes pela maioria, direções de pesquisas que são, ao menos provisoriamente, esquecidas. Num regime mais individual e lento, essas ideias tinham mais tempo para maturação. O risco aqui é que certo conformismo leve a privilegiar exageradamente uma das direções possíveis. Isso pode ser constatado na minha antiga linha de estudo, a física das partículas, na procura de teorias unificadas onde muitos jovens optam pela mesma direção de pesquisa – aliás, favorecida pelos critérios sociais que orientam as carreiras de pesquisador. É sem dúvida um assunto complexo que merece estudo adequado.
Cern
Embora na ciência contemporânea o trabalho coletivo se destaque, com uma enorme mobilização de pesquisadores, instituições, equipamentos e recursos, a produção de ideias continua a ser individual e permeada por maior ou menor originalidade e criatividade. (foto: Cern)

Nesse contexto, a filosofia da ciência tem dedicado a atenção que deveria ao processo criativo na ciência?De maneira predominante, desde a segunda metade do século 20, afilosofia da ciência se desinteressou do processo criativo do pensamento científico e o rumo atual da pesquisa socializada não vai ajudar muito a retomar esse tema. Mas acredito que os criadores com ideias originais, mais sensíveis a respeito da natureza do pensamento científico e da forma como ele é capaz de reinventar o mundo e incorporá-lo à cultura dos homens, vão continuar a contribuir com suas reflexões nessa área, como fizeram Poincaré e Einstein em seu tempo. E espero que os filósofos da ciência se abram mais a essa dimensão, levando em conta a realidade da ciência tal como ela é e se apresenta.

Além de físico e filósofo, o senhor já atuou como divulgador daciência. Qual o papel da divulgação e da educação científicas na nossa sociedade?
A educação e a comunicação científicas são fundamentais para que possamos problematizar os avanços atuais. É preciso promover essa reflexão lúcida e crítica sobre o conhecimento
Como disse, mais do que nunca a ciência impacta diretamente a cultura, a tecnologia e a sociedade, e isso não pode ser ignorado. A educação e a comunicação científicas são fundamentais para que possamos problematizar os avanços atuais. Essa é uma responsabilidade de todos nós. Os cientistas, filósofos, historiadores e sociólogos da ciência precisam promover essa reflexão lúcida e crítica sobre o conhecimento. O conhecimento científico está centrado na racionalidade, visa à objetividade e, por isso, tem vocação à universalidade, pode ser entendido por qualquer um, em princípio. As gerações que estão por vir dependem disso e a miséria e outros fatores que impedem essa disseminação são crimes contra a humanidade.
Uma questão importante é que a divulgação científica nem sempre é bem feita. Se o objetivo é apenas maravilhar o público, isso não necessariamente aproxima a ciência de suas vidas. É preciso que ela seja uma divulgação crítica, que se indague, que estimule a curiosidade e que ensine os porquês das coisas, desfazendo a imagem dogmática da ciência. Outro aspecto que precisa ser problematizado e abordado é que a ciência e a tecnologia no mundo atual estão integradas num sistema econômico e social específico, o que tem suas consequências.

De fato alguns dos mercados mais lucrativos do mundo hoje envolvem diretamente produtos tecnológicos... Sem dúvida. Primeiro temos que considerar que o acesso à tecnologia ainda é regido por fatores econômicos e a tecnologia não é para todos. Além disso, vamos pensar nas regras que orientam esse mercado, nas motivações que norteiam o desenvolvimento de novos produtos: será que elas se baseiam no esforço pelo avanço da ciência ou no lucro, na concorrência selvagem, responsável por muitos de nossos problemas atuais? O conhecimento sobre a natureza nos dá o poder de transformá-la, mas como orientar esse poder para o bem dahumanidade, e não para o lucro de uma minoria? É, sem dúvida, uma questão atual, de grande importância social e ética.

domingo, 29 de junho de 2014

Epistemologia, Fenomenologia, Filosofia da Linguagem, Filosofia da Ciência, Hermenêutica, Filosofia da Natureza, Metodologias de Pesquisa

Bibliografias & Ementas em:

Epistemologia, Fenomenologia, Filosofia da Linguagem, Filosofia da Ciência, Hermenêutica, Filosofia da Natureza, Metodologias de Pesquisa


Fonte:
http://www.uesc.br/cursos/pos_graduacao/especializacao/fenomenologia/index.php?item=conteudo_ementas.php



Tópicos em Epistemologia I (30 horas)
A disciplina volta-se para a análise da epistemologia ao longo da História da filosofia, tendo em vista que as questões relacionadas ao sujeito e objeto, ao conhecimento e a verdade são centrais para a investigação filosófica. Nesse sentido, a determinação da natureza, dos limites e dos meios para que possamos atingir o conhecimento bem como a demarcação do que é mera opinião e o que é efetivamente conhecimento devem ser centrais, sem perder de vista que o interesse pelo conhecimento não é certamente exclusividade dos filósofos.
Bibliografia
ARISTÓTELES. Obras. Trad. Francisco de P. Samaranch. Madrid: Aguilar, 1973.
BRÉHIER, E. História da Filosofia. São Paulo: Mestre Jou, 1978.
CHISHOLM, Roderick. Teoria do conhecimento. Trad. Álvaro Cabral. 2. ed. R. de Janeiro: Zahar, 1974.
DANCY, Jonathan. Epistemologia contemporânea. Trad. Teresa Louro Pérez. R. de Janeiro: Edições 70, S/D.
DESCARTES, René. Meditações. In. Coleção Os pensadores. Trad. J. Guinsburg e Bento Prado Junior. 3. ed. S. Paulo: Abril Cultural, 1983.
ESPINOSA, Baruch de. Tratado da correção do intelecto. In. Coleção Os pensadores. Trad. Carlos Lopes de Mattos. 3. ed. S. Paulo: Abril Cultural, 1983.
FELDMAN, Richard. Epistemology. Upper Saddle River, New Jersey: Prentice-Hall, 2003.
GETTIER, Edmund. É a crença verdadeira justificada conhecimento?. In. < http://criticanarede.com/html/epi_gettier.html> . acesso em 26/08/2011. ISSN 1749-8457.
GRECO, John; SOSA, Ernest.(Org). Compêndio de Epistemologia. Trad. Alessandra S. Fernades e Rogério Bettoni. S. Paulo: Loyola, 2008.
HUME, D. Investigação sobre o entendimento humano. São Paulo: Abril Cultural, 1973. (Os Pensadores)
______. Tratado da natureza humana. São Paulo: Imprensa Oficial SP/Editota UNESP, 2001.
KANT, I. Crítica da Razão Pura. São Paulo: Abril Cultural, 1980. (Os Pensadores)
LEBRUN, G. Kant e o fim da metafísica. São Paulo: Ed. Martins Fontes, 2002.
LOCKE, J. Ensaio acerca do entendimento humano. São Paulo: Abril Cultural, 1978. (Os Pensadores)
MICHAUD, I. Locke. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1991.
MONTEIRO, J. P. Novos estudos humeanos. São Paulo: Discurso Editorial, 2003.
NORRIS, Christopher. Epistemologia: conceito chave em filosofia. Trad. Felipe Rangel Elizalde. Porto Alegre: Artmed, 2007.
PLATÃO. Teeteto. Trad.Carlos Alberto Nunes. 3. ed. Belém: EDUFPA,2001.
PLATÃO. Mênon. Trd. Maura Iglésias.. 2. ed. Rio de Janeiro: Loyola, 2001.
POPKIN, R. História do ceticismo: de Erasmo a Spinoza. Rio de Janeiro: Ed. Francisco Alves, 2000.
RUSSELL, B. História do pensamento ocidental. Rio de Janeiro: Ediouro, 2001.
_______. Os Problemas da filosofia. Trad. Jaimir Conte. Florianópolis: 2005.
VERGEZ, A. David Hume. Lisboa: Edições 70, 1984.




Tópicos em Epistemologia II (30 horas)
A construção do conhecimento científico pressupõe, como um de seus problemas centrais, a garantia da obtenção da verdade. Nesse sentido, sob um determinado ponto de vista, não cabe à ciência um discurso que afirme o que as coisas são, mas como e por que elas são. Se essa é a tarefa que se lhe impõe, então é preciso que ela demonstre aquilo que afirma. O caráter demonstrativo do conhecimento científico mantém, portanto, uma íntima relação com a exigência da verdade. A presente disciplina visa investigar esses dois aspectos verificando como os mesmos são discutidos sob o prisma da epistemologia.
Bibliografia
BRÉHIER, E. História da Filosofia. São Paulo: Mestre Jou, 1978.
HUME, D. Investigação sobre o entendimento humano. São Paulo: Abril Cultural, 1973. (Os Pensadores)
______. Tratado da natureza humana. São Paulo: Imprensa Oficial SP/Editota UNESP, 2001.
KANT, I. Crítica da Razão Pura. São Paulo: Abril Cultural, 1980. (Os Pensadores)
LEBRUN, G. Kant e o fim da metafísica. São Paulo: Ed. Martins Fontes, 2002.
LOCKE, J. Ensaio acerca do entendimento humano. São Paulo: Abril Cultural, 1978. (Os Pensadores)
MICHAUD, I. Locke. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1991.
MONTEIRO, J. P. Novos estudos humeanos. São Paulo: Discurso Editorial, 2003.
POPKIN, R. História do ceticismo: de Erasmo a Spinoza. Rio de Janeiro: Ed. Francisco Alves, 2000.
RUSSELL, B. História do pensamento ocidental. Rio de Janeiro: Ediouro, 2001.
VERGEZ, A. David Hume. Lisboa: Edições 70, 1984.



Tópicos em Fenomenologia I (30 horas)
A fenomenologia transcendental foi constituída fundamentalmente a partir da idéia de consciência. O modelo teórico, o método de reflexão e a idéia de racionalidade nela presente remetem a uma teoria da consciência, mesmo que por uma abordagem renovada — “retorno às coisas mesmas” —, onde não é mais o ponto de vista do sujeito que conta primeiro. Partindo dessa filosofia, tratar-se-á de delinear, então, as bases para uma verdadeira articulação entre fenomenologia e existência, eliminando, com isso, as rupturas entre o vivido e o pensado, que não compõem dois mundos diferentes, tratando-se de um mesmo universo a desvelar; dirigindo o interesse da filosofia para o conhecimento direto da realidade vivida, ponto de partida para todos os outros conhecimentos.
Bibliografia
FABRI, M. Desencantando a ontologia: subjetividade e o sentido ético em Lévinas. Porto Alegre: EDIPUCRS, 1997.
LÉVINAS, E. Descobrindo a existência com Husserl e Heidegger. Portugal: Instituto Piaget, s/d.
LUIJPEN, W. A. M. Introdução à fenomenologia existencial. Trad. Carlos L. de Matos. São Paulo: EPU/Ed. da USP, 1973.
MERLEAU-PONTY, M. O visível e o invisível. Trad. José A. Gianotti. São Paulo: Perspectiva, 1992.
______. Fenomenologia da percepção. Trad. Carlos A. Ribeiro de Moura. São Paulo: Martins Fontes, 1999.
MUÑOZ, J. A. A. La antropologia fenomenológica de Merleau-Ponty. Madrid: Editorial Fragua, 1975.
PAISANA, J. Fenomenologia e hermenêutica: a relação entre as filosofias de Husserl e Heidgger. Lisboa: Editorial Presença, 1992.
PELIZZOLI, M. L. A relação ao outro em Husserl e Lévinas. Porto Alegre: EDIPUCRS, 1994.





Tópicos em Fenomenologia II (30 horas)
A disciplina objetiva trabalhar com o tema do conhecimento e do discurso científicos, entendidos na condição de produtos e bens culturais, os quais, na contextura de um comércio intersubjetivo, tomam parte nas reflexões da fenomenologia, que foi e continua a ser uma meditação sobre o conhecimento, um conhecimento do conhecimento. Sendo assim, a questão da relação intersubjetiva, enquanto campo de formação da cultura e do saber em geral, especialmente da filosofia, deverá ser estudada a partir, sobretudo, dos textos husserlianos.
Bibliografia
BICUDO, M. A. V. Fenomenologia: confrontos e avanços. São Paulo: Cortez, 2000.
DARTIGUES, A. O que é fenomenologia? São Paulo: Editora Moraes, 1992.
HUSSERL, E. A crise da humanidade européia e a filosofia. Porto Alegre: Edipuers, 1996.
______. A idéia de fenomenologia. Lisboa: Edições 70.
______. Expérience et jugement: recherches en vue d’une généalogie de la logique. Paris: Presses Universitaires de France, 1970.
______. Investigaciones lógicas. Madrid: Revista de Occidente, 1976.
______. L’ idea di Europa. Trad. Corrado Sinigafia. Milano: Raffaello Cortina Editore, 1999.
______. Lições para uma fenomenologia da consciência interna do tempo. Trad.: Pedro M. S. Alves. Casa da Moeda: Imprensa Nacional.
______. Meditaciones cartesianas. México: Fondo de Cultura Econômica, 1986.
______. Problemas fundamentales de la fenomenologia. Madrid: Alianza Editorial, 1994.
KELKEL, A. L. & SCHÉRER, R. Husserl. Lisboa: Edições 70, 1982.
MOURA, C. A. R. Crítica da razão na fenomenologia. São Paulo: Nova Stella/EDUSP, 1989.
RIBEIRO JÚNIOR, J. Introdução à fenomenologia. Campinas: Edicamp, 2003.
WALDENFELS, B. De Husserl a Derrida – introdocción a la fenomenologia. Barcelona: Paidós, 1992.
ZITKOSKI, J. J. O método fenomenológico de Husserl. Porto Alegre: EDIPUCRS, 1994.





Filosofia da Linguagem (30 horas)
A linguagem na filosofia contemporânea não aparece mais como uma das possibilidades de temas de investigação filosófica, mas emerge como cerne da própria maneira de se pensar a natureza da filosofia. Para compreender o alcance da “virada linguística” na filosofia contemporânea, é necessário: (i) entender como a linguagem desemboca no cenário filosófico como tema central, (ii) compreender diante desta nova situação, a busca por novos métodos filosóficos. A análise do contexto no qual se coloca a discussão acerca do problema da linguagem, a saber, no final do século XIX e início do século XX, torna-se, então, essencial para observar as consequências que essa discussão coloca para a filosofia contemporânea. Diante da análise deste período, notar-se-á o significado da crítica da metafísica a partir de uma crítica da linguagem, que de certa forma se coloca como uma crítica à filosofia tradicional, abrindo caminho para um novo paradigma na filosofia: o paradigma da linguagem na filosofia contemporânea. Neste sentido, a filosofia da linguagem orienta-se nas duas principais posturas filosóficas acerca da linguagem contemporânea: a vertente lógico-formal e a vertente pragmática. Desta forma, salientar quais as discussões pertinentes a estas duas vertentes, seus argumentos, seus métodos e, assinalar os pontos em comum e as diferenças fundamentais, constitui-se fundamental para a filosofia da linguagem.
Bibliografia
APEL, Karl-OttoTransformação da Filosofia 1: filosofia analítica, semiótica, hermenêutica. São Paulo: Edições Loyola, 2000.
_____.  Transformação da Filosofia 2: o a priori da comunidade de comunicação.  São Paulo: Loyola, 2000.
BRITO, Emidio Fontenele de; CHAGAS, Luiz Harderig. Filosofia e Método. São Paulo: Loyola, 2002.
FANN, K.T. El Concepto de Filosofia en Wittgenstein. Madrid: Editoral Tecnos S.A, 1975.
FREGE, G. Lógica e filosofia da linguagem. 2. ed.São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2009.
FREGE, G. Sobre o Sentido e a Referência. São Paulo: Abril Cultural, 1980. (Coleção Os Pensadores)
FREGE, G. O pensamento: uma investigação lógica In: Cadernos de História e Filosofia da Ciência. Campinas, Série 3, v.8, n.1, p.177-208, jan-jun, 1998.
GARGANI, Aldo G. Wittgenstein. Lisboa: Portugal. Edições 70, 1973.
GLOCK, Hans-Johann. Dicionário Wittgenstein. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 1997.
HACKER, P.M.S. Wittgenstein: sobre a natureza humana. São Paulo: Editora  UNESP, 2000.
MEDINA, José. Linguagem: conceitos chave em filosofia. Porto Alegre: Artmed, 2007. 
MEYER, Michel. Lógica, Linguagem e argumentação. Lisboa: Editorial Teorema, 1992.
MONK, Ray. Wittgenstein: o dever do gênio. São Paulo: Companhia da Letras, 1995.
MORENO, A. Wittgenstein: os labirintos da linguagem. São Paulo: Moderna, 2000.
OLIVEIRA, Manfredo Araújo de. Reviravolta linguístico-pragmática na filosofia contemporânea. São Paulo: Loyola, 1996.
PEARS, David. As ideias de Wittgenstein. São Paulo: Cultrix, 1973.
STEGMÜLLER, Wolfgang. A Filosofia Contemporânea. Volume 2. São Paulo: Ed da Universidade de São Paulo, 1977.
TUGENDHAT, Ernest. Reflexões sobre o método da filosofia do ponto de vista analítico. In PROBLEMATA, João Pessoa. UFPB, Programa de Pós Graduação em Filosofia, v.1, n.1.
WITTGENSTEIN, Ludwig. Investigações Filosóficas. São Paulo: Editora Nova Cultural, 1999.
_____. Tractatus Logicos-Philosophicus. São Paulo: EDUSP, 2001.




Temas e problemas em Filosofia da Ciência  (30 horas)
As contribuições do positivismo lógico e, por outro lado, o debate protagonizado por Popper, Kuhn e os partidários de cada um desses autores, conferem à presente disciplina o cenário no qual serão discutidos alguns temas e problemas centrais na Filosofia da Ciência, quais sejam: a verdade como objetivo da ciência, a indução como fundamento do conhecimento científico, os critérios de demarcação entre ciência e pseudociência, as regras de aceitação e rejeição de teorias científicas, o debate entre realismo e relativismo, o contexto social do conhecimento científico.
Bibliografia
AYER, A. J. El positivismo lógico. México: Fondo de Cultura Economica, 1986.
CHALMERS, A. F. O que é ciência afinal? São Paulo: Brasiliense, 1997.
DUHEM, P. Algumas reflexões acerca da física experimentalCiência e Filosofia, nº 4, 1989, p. 41-62.
______. Física e MetafísicaCiência e Filosofia, nº 4, 1989, p. 41-62.
FEYERABEND, P. Contra o método. Rio de Janeiro: Ed. Francisco Alves, 1977.
HEGENBERG, L. Explicações científicas: introdução à filosofia da ciência. São Paulo: E.P.U., 1973.
HEMPEL, C. G. Filosofia da ciência natural. Rio de Janeiro: Zahar, 1974.
KUHN, T. A estrutura das revoluções científicas. São Paulo, Perspectiva, 1991.
LACEY, H. Valores e atividade científica. São Paulo: Discurso Editorial,1998.
MORGENBESSER, S. Filosofia da ciência. São Paulo: Cultrix.
POPPER, K. A lógica da pesquisa científica. São Paulo: Cultrix, 1993.




Metodologia da Pesquisa e Investigação Filosófica I  (30 horas)
Adquirir habilidades investigativas pressupõe o domínio de técnicas ligadas à capacidade de interpretar e produzir textos, realizar leituras, resumos, resenhas, artigos científicos e elaborar projetos de pesquisa. A aquisição e internalização das habilidades referidas conduzirão ao alcance da meta mais significativa do curso: produzir um trabalho monográfico. Para viabilizar o alcance das pretensões explicitadas, faz-se necessário que a disciplina, a partir de uma discussão sobre a problemática do conhecimento, ofereça subsídios para a compreensão e utilização dos métodos e técnicas da investigação na filosofia, aplicando-as na formatação, tanto do projeto de pesquisa, quanto no trabalho de final de curso.
Bibliografia
BARDIN, L. Análise de conteúdo. Lisboa: Edições 70, 1995.
BAUER, M. W. & GASKELL, G. Pesquisa qualitativa com texto, imagem e somPetrópolis: Vozes, 2002.
BRITO, E. F. & CHANG, L. H. Filosofia e método. São Paulo: Loyola, 2002.
COSSUTA, F. Elementos para a leitura dos textos filosóficos. São Paulo: Martins Fontes, 1994.
FERNANDES, A., GUIMARÃES, F. R. & BRASILEIRO, M. C. E. O fio que une as pedras: a pesquisa interdisciplinar na pós-graduação. São Paulo: EDUEP/Biruta, 2002.
MONDOLFO, R. Problemas e métodos de investigação na história da filosofia. São Paulo: Mestre Jou, 1969.
NASCIMENTO, D. M. do. Metodologia científica: teoria e prática. Rio de Janeiro: Forense, 2002.
SEVERINO, A. J. & FAZENDA, I. C. A. Conhecimento, pesquisa e educação. Campinas: Papirus, 2001.
TIERNO, B. As melhores técnicas de estudo. São Paulo: Martins Fontes, 2003.




Hermenêutica (30 horas)
A disciplina visa apresentar e discutir as origens da hermenêutica; a hermenêutica como método, como filosofia e como crítica; conceitos fundamentais da hermenêutica; a hermenêutica e as ciências; hermenêutica, ontologia e metafísica.
Bibliografia
BLEICHER, Josef. Hermenêutica Contemporânea. Col. Saber Filosófico. Lisboa: Edições 70, sd.
DILTHEY, W. Origem da Hermenêutica In: MAGALHÃES, R. Textos de Hermenêutica. Porto: Rés, sd.
GADAMER, Hans-Georg. Verdade e Método: traços fundamentais de uma hermenêutica filosófica. Petrópolis: Vozes, 1997.
______. O problema da Consciência Histórica. Organizador: Pierre Fruchon. Tradução Paulo César Duque Estrada. Rio de Janeiro: Fundação Getúlio Vargas, 1998.
______. Sobre o circulo da Compreensão. In: Hermenêutica Filosófica: nas trilhas de H-G Gadamer. Porto Alegre: EDIPUCRS.
GRONDIM, Jean. Introdução à Hermenêutica. Trad. Breno D. São Leopoldo: Ed. UNISINOS, 1999.
HEIDEGGER, Martin. Ser e Tempo. Trad. Márcia de S. C. Petrópolis: Vozes, 2001.
REIS, Robson Ramos e ROCHA, Ronai Pires da.(Org.). Filosofia Hermenêutica. Santa Maria, RS: UFSM, 2000.
SCHELEIERMACHER, F. D. E. Hermenêutica: Arte e técnica da interpretação. 3. ed. Pensamento humano. Petrópolis: Vozes, 2001.
VELOSO, Rita de Cássia Lucena. A questão do método da hermenêutica filosófica de H-G Gadamer. In: BRITO, E. F. e CHANG, L. H. (org.). Filosofia e Método. São Paulo: Loyola, 2002.




Filosofia da Natureza (30 horas)
A disciplina está centrada em uma visão histórica da filosofia da natureza, com ênfase na época moderna. História do conceito de natureza, com enfoque na relação entre a ciência e construção das imagens do mundo. A matematização da natureza, o papel da experiência e da observação na construção da ciência moderna.
Bibliografia
ARISTÓTELES. Física I e II. Trad. De L. Angioni. Campinas: IFCH/UNICAMP, 1999.
BLAY, M. & HALLEUX, R. (Eds.). La science classique XVIe-XVIIIe siècle: dictionnaire critique. Paris: Flammarion: 1998.
BURTT, E. A. As bases metafísicas da ciência moderna. UNB, Brasília, 1983.
CLAVELIN, M. La philosophie naturelle de Galilée. Paris: Armand Colin, 1968.
DIJKSTERHUIS, E. J. The mechanization of the world picture. Trad. de C. Dikshoorn. London: Oxford University Press, 1969.
ÉVORA, F. R. R. A revolução copernico-galileana, 2v. Campinas: CLE-UNICAMP, 1993.
KOYRÉ, Alexandre. Do mundo fechado ao universo infinito. Rio de Janeiro: Forense, 2006.
KANT, Immanuel. Crítica da Razão Pura. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 1989.
LENOBLE, R. História da ideia de natureza. Lisboa: Edições 70, 1990.
MOSCHETTI, M. A Unificação do Cosmo: o rompimento de Galileu com a distinção aristotélica entre céu e Terra. Dissertação de Mestrado – UNICAMP, 2002.
_____. “Qual Galileu”. In: Guairacá, 2004, n. 20.
NASCIMENTO, C. A. R. Para ler Galileu Galilei. São Paulo: Nova Stella, 1990.
_____. De Tomás de Aquino a Galileu. Coleção Trajetória 2. Campinas: IFCH/UNICAMP, 1995.
SIMON, G. Sciences et savoir aux XVIe e XVIIe siècles. Paris: Presse universitaires du Septentrion, 1996.




Epistemologia das Ciências Humanas (30 horas)
Distinções e conceitos a partir da epistemologia e do desenvolvimento do conhecimento científico levantando a questão acerca do estatuto específico e da cientificidade (mesmo que por contraste) das ciências humanas e sociais. Problemas epistemológicos das ciências humanas e sociais. Teoria Tradicional e Teoria Crítica. Modernidade e pós-modernidade. Reflexão sobre as ciências humanas e seus objetos: história, economia, sociologia, ciência política e antropologia tendo em conta a especificidade do discurso filosófico.
Bibliografia
FAGES, J. B. Para entender o estruturalismo. Lisboa: Moraes, 1973.
FERNANDES, Florestan (org.). K. Marx, F. Engels: História. In. Coleção Grandes Cientistas Sociais. 3. ed. Vol. 36. São Paulo: Ática, 1989.
FEYERABEND, Paul. Contra o Método. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1977.
FREUD, S. Mal-estar na civilização. São Paulo: Abril Cultural, 1988. (Os Pensadores)
GILES, Thomas. História do Existencialismo e da Fenomenologia. São Paulo: Edusp, 1975, 2 vols.
HABERMAS, Jürgen. Conhecimento e interesse. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1982.
______. La lógica de las ciencias sociales. Madrid: Tecnos, 1990.
HORKHEIMER, Max. “Teoria Tradicional e Teoria Crítica”. In: HORKHEIMER, Max; ADORNO, Theodor. Textos Escolhidos. São Paulo: Abril Cultural, 1983. p. 31-68. (Os Pensadores)
JAPIASSU, H. Introdução à epistemologia da Psicologia. Rio de Janeiro: Imago, 1977.
JAPIASSU, H. Mito da Neutralidade científica. Rio de Janeiro: Imago, 1975.
JAPIASSU, H. Nascimento e Morte das Ciências Humanas. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1978.
KUHN, Thomas. A Estrutura das Revoluções Científicas. São Paulo: Perspectiva, 1996.
MARX, Karl. O capital: crítica da economia política. 3. ed. Trad. Régis Barbosa e Flávio R. Kothe. Vol. I, Tomo I. São Paulo: Nova Cultural, 1988.
______. Grundrisse. Trad. Mario Duayer e Nélio Schneider. São Paulo: Boitempo, 2011.
MERLEAU-PONTY, Maurice. Ciências Humanas e Fenomenologia. São Paulo: Saraiva, 1973.
MERLEAU-PONTY, Maurice. Elogio da Filosofia. Lisboa: Guimarães Ed., 1962. (col. Idéia Nova)
PENHA, João. O que é Existencialismo. São Paulo: Brasiliense, 1982.
POPPER, Karl. A Lógica da Pesquisa Científica. São Paulo: Cultrix, 1985.
______.  A miséria do Historicismo. São Paulo: Cultrix, s/d.
RICOEUR, Paul. O Conflito das Interpretações. Ensaios de Hermenêutica. Rio de Janeiro: Imago, 1978.




Seminários de Pesquisa e Orientação (60 horas)
A disciplina objetiva a orientação das monografias de final de curso. O princípio norteador das atividades a serem desenvolvidas ao longo dos seminários de orientação consiste, por um lado, em oferecer os instrumentos necessários para uma análise crítica e rigorosa dos textos produzidos pelos alunos e, por outro, o intercâmbio das pesquisas em andamento. Nesse sentido, o trabalho a ser empreendido não se esgota no universo individual de cada pesquisa, mas na troca de informações, impressões e idéias entre os participantes do curso. Nessa perspectiva, a apresentação e discussão dos resultados parciais obtidos serão uma das principais tônicas da disciplina.
Bibliografia
ANDRADE, M. M. Como preparar trabalhos para curso de pós-graduação: noções práticas. São Paulo: Editora Atlas, 1997.
ECO, U. Como se faz uma tese. Trad. Gilson C. C. de Souza. São Paulo: Perspectiva, 1989.
NASCIMENTO, D. M. Metodologia do trabalho científico: teoria e prática. Rio de Janeiro: Forense, 2002.
SALOMON, D. V. Como fazer uma monografia. São Paulo: Martins Fontes, 2004.
______. A maravilhosa incerteza: pensar, pesquisar e criar. São Paulo: Martins Fontes, 2000.
SERAFUNI, M. T. Como escrever textos. Trad. Maria A. B. de Matos. São Paulo: Globo, 2001

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